quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Passado presente

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O meu mundo não é como o dos outros...quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!

(Florbela Espanca)
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Sei bem sobre o que ela fala, acho que sou/fui ela... Ao menos por um momento nossos sentimentos foram iguais. Uma desordem no espaço-tempo, um encontro, sobreposição, dobras no espaço...

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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Antes do desaparecimento, quando ainda havia esperança.

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Coração Selvagem
Belchior
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Meu bem, guarde uma frase pra mim dentro da sua canção
Esconda um beijo pra mim sob as dobras do blusão
Eu quero um gole de cerveja no seu copo no seu colo e nesse bar
Meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele seja
Não quero o que a cabeça pensa eu quero o que a alma deseja
Arco-íris, anjo rebelde, eu quero o corpo tenho pressa de viver
Mas quando você me amar, me abrace e me beije bem devagar
Que é para eu ter tempo, tempo de me apaixonar
Tempo para ouvir o rádio no carro
Tempo para a turma do outro bairro, ver e saber que eu te amo
Meu bem, o mundo inteiro está naquela estrada ali em frente
Tome um refrigerante, coma um cachorro-quente
Sim, já é outra viagem e o meu coração selvagem
Tem essa pressa de viver
Meu bem, mas quando a vida nos violentar
Pediremos ao bom Deus que nos ajude
Falaremos para a vida: "Vida, pisa devagar meu coração cuidado é frágil;
Meu coração é como vidro, como um beijo de novela"
Meu bem, talvez você possa compreender a minha solidão
O meu som, e a minha fúria e essa pressa de viver
E esse jeito de deixar sempre de lado a certeza
E arriscar tudo de novo com paixão
Andar caminho errado pela simples alegria de ser
Meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo , vem morrer comigo
Talvez eu morra jovem, alguma curva no caminho, algum punhal de amor traído, completara o meu destino.
Meu bem, vem viver comigo, vem correr perigo
Vem morrer comigo, meu bem, meu bem, meu bem
Que outros cantores chamam baby (4 x)
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ninguém é cego de alma...

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“Há um olhar que sabe discernir o certo do errado e o errado do certo.

Há um olhar que enxerga quando a obediência significa desrespeito e a desobediência representa respeito.

Há um olhar que reconhece os curtos caminhos longos e os longos caminhos curtos.

Há um olhar que desnuda que não hesita em afirmar que existem fidelidades perversas e traições de grande lealdade.

Este olhar é o da alma.”
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- Contracapa de Bonder, Nilton. A Alma Imoral: Traição e tradição através dos tempos/Nilton Bonder – Rio de Janeiro: Rocco: 1998
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Até poderia comentar, mas não vou. O recado está dado. Maiores esclarecimentos só pessoalmente, tomando um café.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Daqui pro futuro falta só um piscar...

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Estrela Do Mar
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(Composição: Marino Pinto / Paulo Soledade)
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Um Pequenino Grão De Areia
Que Era Um Pobre Sonhador
Olhando o Céu Viu Uma Estrela
E Imaginou Coisas De Amor

Passaram Anos, Muitos Anos
Ela no Céu e Ele no Mar
Dizem Que Nunca o Pobrezinho
Pode Com Ela Encontrar

Se Houve Ou Se Não Houve
Alguma Coisa Entre Eles Dois
Ninguém Soube Até Hoje Explicar
O Que Há De Verdade
É Que Depois, Muito Depois
Apareceu a Estrela Do Mar
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Uma resposta, uma possibilidade:

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Alice

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O filme estreia dia 5 de março de 2010 e até lá muita água terá rolado por debaixo da ponte. Quero saber quem irá me acompanhar buraco abaixo na perseguição ao coelho branco. Quem se atreverá? Quem explorará comigo o País das Maravilhas? De qualquer maneira, se eu for sozinha, terei o Chapeleiro Maluco me esperando. Eu que sempre gostei de gente estranha...
Bjmeliga!!! Ou não : )

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domingo, 13 de setembro de 2009

Eu mereço? Oh, yeah!

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Tenho que dizer: estou odiando esta história de usar aparelho. Gente! Imaginem só, eu que adoro comer, adoro conversar, dar risada, tudo ao mesmo tempo!! Demoro mil anos pra conseguir mastigar a comida, não posso conversar antes de dar uma passadinha no banheiro (metade da comida fica no aparelho, aff!!) e a boca está toda cortada por dentro. Quanto mais eu falo mais a boca corta. Eu mereço?!?!?!
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sábado, 12 de setembro de 2009

Eu adoro o Ziraldo!

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Estou com muito sono para formular algo decente aqui ou em qualquer lugar. Acabei de chegar da Carol, imaginem né? Rimos, rimos, rimos...
Bom bambalalão, gosto do Ziraldo e gosto de café. Adorei o pôster... Um café preto e amargo iria bem agora. Talvez até um chocolatinho. Ah, esqueci de falar que passei em frente ao café e estava todo apagado. Não achei conveniente buzinar. Na volta vi um casal de gatinhos... Devaneios e sono. Ao fim do jornal nacional: boa noite!
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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Pandora

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Minha caixa guarda recordações. Algumas boas, outras nem tanto. Dentro dela existe você e também a esperança. É por isso que não quero destruí-la, sei que um dia se encontrarão lá dentro.
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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A princesa Peônia

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Há muitos e muitos anos, em Gamo-Gun, na província de Omi, havia um castelo chamado Azuchi. Era um lugar antigo e magnífico, cercado por uma alta parede de pedras e um fosso cheio de lótus. O senhor feudal era um homem muito rico, porém mau humorado, chamado Yuki Naizen no Jô. Sua esposa tinha estado doente por alguns anos e teve uma única filha, que todos chamavam carinhosamente de Aya Hime (princesa Aya).
Na época, o Japão vivia um longo período de paz e tranquilidade, e os senhores feudais haviam abandonado a idéia de guerrear constantemente para conquistar novos territórios. Como os feudatários mantinham relacionamento amigável, Naizen no Jô percebeu, então, que a época era oportuna para encontrar um bom marido para sua filha.
Depois de vários contatos, ele optou pelo segundo filho do senhor do castelo de Ako, da província de Harima, para ser o marido de sua filha. Os dois feudatários ficaram muito satisfeitos com a possibilidade de que seus filhos viessem a se casar, pois a aliança matrimonial fortalecia sobremaneira o poder bélico de ambos.
Nessa época, no Japão, as famílias ricas marcavam os casamentos de seus filhos sem que estes tivessem prévio conhecimento um do outro. Já que era obrigada a aceitar a determinação de seu pai, a princesa Aya fez grande esforço mental para amar seu futuro marido, falando e pensando nele positivamente, mesmo sem nunca tê-lo visto.
Certa ocasião, junto com sua dama de companhia, Aya Hime caminhava pelo enorme jardim do castelo e foi até o canteiro das peônias. Daquele local, ela adorava apreciar o reflexo da lua, projetada nas águas do lago, e fazia isso principalmente em noites de lua cheia, que lhe trazia belas inspirações para compor poesias.
Naquela noite, quando Aya Hime estava passeando distraidamente na beira do lago, tropeçou em uma raiz exposta e desequilibrou-se em direção à água. De repente, foi amparada por um jovem que surgiu como num passe de mágica, evitando milagrosamente que ela afundasse lago adentro.
Em seguida, assim que a colocou no chão, o rapaz desapareceu tão rapidamente como apareceu. A dama de companhia viu, quando ela tropeçou, um clarão de luz em torno da princesa refletido na água, mas não chegou a ver claramente nenhum rapaz protegendo-a da queda. Já Aya Hime tinha visto perfeitamente o rosto de seu salvador.
– Um belo moço de semblante nobre, que parecia um príncipe. Vestia roupas com peônias bordadas a fios de ouro. Gostaria que estivesse aqui para agradecer por me salvar a vida, evitando minha queda na água...
– Mas princesa, como ele teria chegado ao jardim, se todo o castelo está cercado pelo fosso e existem muitos guardas no portão? Acho melhor não comentar nada a ninguém, pois seu pai pode ficar zangado, se souber que um estranho esteve no jardim.
A partir daquela noite, Aya não conseguiu esquecer o misterioso rapaz. Várias vezes esteve no jardim, mas nunca mais o viu.
Tempos depois, ela ficou muito doente e com dificuldades para comer e dormir. Cada dia foi ficando mais pálida e tornou-se impossível realizar seu casamento com o príncipe de Ako na data marcada.
Vários médicos vieram de Quioto para examinar Aya Hime, porém ninguém conseguiu diagnosticar de que doença se tratava. Como último recurso, o senhor feudal Naizen no Jô, interrogou com veemência Sadayo, a dama de companhia de sua filha, pois sabia que ela era a confidente da princesa.
– Os médicos chegaram a pensar que ela estava fingindo estar doente, só para não se casar com o prometido príncipe de Ako. Se você sabe de algum amor secreto dela, me diga, pois, se continuar assim, ela vai acabar morrendo. Você não quer que ela morra, quer? – perguntou o feudatário.
– Senhor, prometi à sua filha que jamais revelaria seu segredo. Porém, diante do risco de vida que ela está correndo por causa de sua enfermidade, sou forçada a revelá-lo, se é que isso contribuirá para sua salvação.
Assim, Sadayo contou detalhadamente o que aconteceu na noite de lua cheia no canteiro das peônias...
– Senhor, acho que a doença da princesa Aya é uma doença de amor. Ela está profundamente apaixonada pelo jovem que viu por alguns instantes e depois desapareceu misteriosamente. Tenho medo de que, se não conseguirmos encontrar o tal jovem, ela definhe dia a dia até morrer – disse Sadayo, a dama de companhia da princesa.
– Mas o nosso castelo é muito vigiado, é humanamente impossível que alguém consiga entrar e sair sem ser visto pelos guardas dos portões... – murmurou o pai de Aya, Naizen no Jô.
– Está sugerindo alguma coisa senhor?! Bem sabes que raposas e texugos têm o poder de se transformar em seres humanos e nos enganar. Será possível que algum desses bichos tenha entrado no castelo por alguma pequena abertura no muro?!
Nessa noite, para tentar reanimar a princesa, foi trazido da capital o famoso músico Yashakita Kengyo, mestre num instrumento de cinco cordas chamado biwa. A noite estava quente, e o concerto musical foi ao ar livre. Os acordes espalharam-se pelo ar, tomando conta do belo jardim do castelo. De repente, no canteiro das peônias, um jovem de ar nobre apareceu para ouvir a música. Desta vez todos o viram, e ele trajava a mesma roupa com bordados de peônias em fios de ouro.
– É ele! – gritaram todos os que assistiam o concerto. Diante da reação das pessoas, o jovem desapareceu instantaneamente.
A princesa ficou visivelmente excitada. Levantou-se e foi procurar pelo moço no jardim, mas nada encontrou. O pai dela, senhor do castelo, ficou muito confuso com a situação. No dia seguinte, mandou fazer uma busca minuciosa no jardim, revirando pedras, removendo canteiros de arbustos e procurando em cima das árvores, porém, não encontrou ninguém escondido, nem mesmo raposa ou texugo.
Nessa mesma noite, quando dois músicos da castelo, Yaesan e Yakumo tocavam seus instrumentos, respectivamente a shakuhachi (flauta) e o koto (instrumento de cordas), o jovem novamente apareceu e desapareceu ao ser notado. O mistério aumentou, pois a vigilância tinha sido triplicada, e tudo no castelo foi vasculhado palmo a palmo.
Yuki Naizen no Jô resolveu chamar, então, o renomado Maki Hyogo, um veterano oficial do exército que atuava como conselheiro na corte do Shogun, para capturar o jovem misterioso. O astuto Maki, que adorava desafios, aceitou prontamente a missão. Vestiu-se de preto, como um ninja, para fazer-se invisível e escondeu-se no canteiro das peônias.
Todos tinham percebido que a música exercia certo fascínio sobre o jovem misterioso. Conseqüentemente, os músicos Yaesan e Yakumo fizeram um concerto naquela noite. O público presente prestou mais atenção no canteiro das peônias do que na música. A certa altura, um belo jovem surgiu no jardim, com magnífica veste ornada de peônias bordadas.
Maki Hyogo levou um susto, pois o jovem surgiu do nada exatamente a um passo de onde ele estava escondido. Em seguida, agarrou o jovem por trás, na altura da cintura. Manteve-o apertado por alguns segundos, quando sentiu uma baforada de vapor na cara e caiu no chão agarrado firmemente ao jovem.
Os guardas e o pessoal do castelo que assistiram à cena correram para o canteiro e deparam-se com Maki Hyogo no chão:
– Vejam, consegui agarrá-lo – disse Maki, mas, vendo o que estava abraçando, descobriu que se tratava apenas de uma enorme peônia. Como Hiogo também era astrólogo, logo descobriu do que se tratava.
– Raposas e texugos não conseguiriam passar pelos portões e os guardas do castelo, porém, o jovem sim, pois ele é o espírito da peônia e nasceu aqui mesmo.
Os videntes que estavam no local concordaram plenamente com Maki Hiogo. O espírito da peônia manifestava-se sob aparição de um belo jovem, porém não era na verdade um ser material.
Esclarecido o caso, a princesa Aya levou a grande flor de peônia para seu quarto e colocou-a num vaso com água. Dia a dia, ela foi melhorando de saúde, até recuperar-se completamente. Inexplicavelmente, a grande peônia do vaso também ficava cada vez mais radiante, não dando nenhuma mostra de murchar, apesar de o tempo ir passando.
Como a princesa estava agora com ótima aparência, seu pai não via nenhum motivo para continuar adiando o casamento dela. Então, dias depois, o senhor de Ako e sua família chegaram com uma luxuosa comitiva, para realizar o casamento de seu segundo filho.
A princesa Aya despediu-se da grande peônia e foi para a cerimônia de casamento. Após o ofício, seguiu com seu marido para o castelo de Ako. As camareiras que acompanharam a princesa viram a incomparável beleza da flor quando foram para a cerimônia. E, após o evento, quando passaram pelo quarto da princesa novamente, viram a peônia murchar e despetalar-se. A alma da flor, não suportando a dor de ver sua amada princesa casando-se com outro, despedaçou-se de tristeza.
O povo local, quando contava o caso da princesa Aya ou Aya Hime, passou a referir-se a ela como Botan Hime, ou princesa Peônia.
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Retirado de: contosencantar.blogspot.com

Peônias

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Nome científico: Paeonia sp.
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Família: Paeoniaceae.
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Nome popular: peônia.
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Etimologia: seu nome deriva do grego Peone – deus da medicina.

Origem: Ásia, Sul da Europa e Oeste da América do Norte.

Características gerais: o porte varia de 0,5 a 1,5 m de altura. Apresenta folhas compostas, com folíolos inteiros ou lobadas, caducas em algumas espécies. As flores são grandes, delicadamente perfumadas, podendo ser simples, semidobradas e dobradas, de cores muito variadas, surgindo na primavera-verão.

Condições de cultivo: devem ser cultivadas a pleno sol, em solos férteis e ricos em matéria orgânica, recebendo regas regulares. Não se adapta a climas quentes, devendo ser cultivada à meia-sombra.

Propagação: sementes, enxertia e divisão dos rizomas.

Usos: utilizada como flor-de-corte, isolada ou em grupos, maciços e renques.

Curiosidades: o gênero Paeonia comprende cerca de 80 espécies, entre plantas herbáceas e lenhosas. Ocorrem também diversas variedades resultantes de hibridizações e seleções, principalmente na China, onde é uma importante planta ornamental, sendo considerada símbolo nacional.


Apresentando propriedades medicinais, de forma geral, as peônias são usadas contra febre, dor, sangramentos, feridas, hemorragias e hemorróidas. Tem como propriedades ser vasoconstritora e anti-espasmódica. As partes utilizadas são folhas e raízes. A espécie Paeonia lactiflora é utilizada no tratamento de convulsões e Paeonia officinallis como vasoconstritora e tônica da circulação.


As peônias de pétalas vermelhas foram chamadas na Europa de flor que “levantou-se sem espinhos” e foi usada como uma maneira de consultar a Virgem Maria. Na época dos gregos antigos, era associada a curas populares e, no mundo ocidental, mantêm espíritos maus ausentes.


Na China foi considerada como símbolo de riqueza, de boa fortuna e de prosperidade. Na cultura japonesa, simboliza sorte e atitude masculina.

Significados: suas flores podem significar ‘sinceridade’ e ‘timidez’.

Engenheira Agrônoma, MSc. Márcia de Nazaré Oliveira Ribeiro

Engenheira Agrônoma, DSc. Patrícia Duarte de Oliveira Paiva
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(Martin Schongauer (ca. 1430 - 1491), Estudo de peônias, c. 1472, aquarela, 25,4 x 33,4 cm, coleção particular)
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texto retirado do site: www.floresnaweb.com
imagens retiradas da internet

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Amo traidores

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Andando por aí, pelas bandas da web, deparei-me com esta afirmação:
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"Sexo é sexo.
Sexo não é traição, mandar flores sim!"

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Já havia pensado nisso, mas não assim, tão explícito. Sentir algo pelo outro é trair. Pensar, conversar, planejar (mesmo aceitando que os planos são improváveis de acontecerem) é trair. Traição com o outro e traição conosco, principalmente. Aprisionamos nossas vontades, não as eliminamos. O corpo vira prisão e continuamos nossa vidinha cada vez mais infeliz.
Eu não traio, mas amo traidores.
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