sábado, 3 de dezembro de 2016

Visita ao passado

baby hoje "cê" faz treze anos vejo seus olhos seus planos eu sei que você quer deitar, nao dar ouvido à razão nao quem manda é o seu coração oh baby abraça os seus livros no peito esconde o que é tão perfeito eu sei que você quer deitar não dar ouvido à razão nao quem manda é o seu coração a madre da escola te ensina a reconhecer o pecado o que você sente é ruim mas baby, baby Deus não é tão mal assim não, não, não baby no quarto crescente da lua descobre a vontade que é sua, eu sei que você quer deitar não dar ouvido à razão não quem manda é o seu coração a mancha do batom vermelho porque esconder no lençol se dentro da imagem do espelho baby, baby o inferno é o fogo do sol baby hoje "cê" faz treze anos vejo seus olhos seus planos eu sei que você quer deitar, nao dar ouvido à razão nao quem manda é o seu coração
oh baby Raul

sábado, 19 de novembro de 2016

coisas que já sabia sem saber

Buracos negros são quentes. Seriam eles úmidos também?

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A prancha do pirata

Caminhamos sobre a prancha, com a lâmina a empurrar a espádua. Olhos cerrados a observar o fim da linha. Chegará o momento do último passo, onde o patíbulo findará. Cairemos no abismo cruel da asfixia e escuridão. E recomeçaremos o caminho mortal.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Pirotecnia

Pirotecnia é uma arte deliciosamente perigosa. Poucos dominam a técnica. Menos ainda a fazem com efeitos tão devastadores como tu. Quando te conheci, não imaginara que me farias estourar de prazer todas as vezes que me tocasses os lábios. Depois de um tempo, apenas ao ouvir sua voz, cruzar seus olhos... Me explodes o desejo, me acendes, me olhas, me molhas, para logo depois eu apagar e querer mais. Insana e insistentemente querer mais. Fogo-fátuo que me queima as entranhas sem me queimar de fato. Que poder é esse que tens sobre mim? De qual vida isso vem? De quantas vidas isso provém? Quanto tempo teremos antes de nos consumirmos por inteiro? Queimar até nossa última chama, até o combustível acabar... Até sermos, nós mesmos, usados como combustível...

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Apresentações

Essa é uma pessoa que um dia cruzei. Cruel.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Ela, sozinha, a beber a cerveja que esperava beber com ele. Mas ele já não era ele. Era outro. Era o que o tempo fez dele. Mas ela, sonhadora, nutria esperanças. Não percebera as traças a corroer-lhe a corda do tempo, o fio da vida. Envelhecera. Mas sua alma não. Era alma de moleca. Moleca sonhadora. Não percebera a risada de escárnio e desdém daquele que, um dia, de tão querido, disse que amou. A sua molequice a protegeu do choro. Foi embora e dormiu o sono dos inocentes e puros de coração. Acordou e nem lembrou do bolo que levou. Foi fazer suas molecagens e ser feliz.

terça-feira, 22 de março de 2016

E nós?

Você vem quase todos os dias ao mesmo lugar. Vem confirmar algo que já sabe. Não estarei mais por aqui. Nossos relógios se desencontram, nossos calendários divergem em crenças e datas. O dia esperado já foi, o que passou, ainda virá... E nossas folhinhas nunca se encontrarão... E nós?