domingo, 25 de abril de 2021

Nao há nada de novo debaixo do sol -1

 Tá lá o amor no meu coração. 


Nenhum palpite,
Opinião
Ou vontade de dizer alguma coisa.

(Nenhum capricho ou devoção, ainda assim o julgamento).

As mesmas paixões,
Há mais de 20 anos,
A mesma sangria,
A mesma loucura nesse mundo insano. 

(Todos os delitos no meu prontuário,
Ainda assim as mesmas atitudes incertas e incautas).

Mil novas paixões 
Desde os 15, 16 anos 
Todas procurando reciclar o mesmo ideal,
O mesmo complexo de Electra 
Há mais de dez mil anos. 

(Todas as culpas sobre mim,
Ainda assim a leveza da alma branca).

Nenhuma nova paixão, 
Nos últimos três meses;
Nenhuma com final feliz
Durante a vida inteira.

Saúde física e mental beirando ao descontrole,
Ainda assim a persistência do coração. 

Tá lá o amor no meu coração. 

terça-feira, 13 de abril de 2021

Homeopatia cotidiana n° 9

Não se afobe  não, que nada é pra já...


quinta-feira, 8 de abril de 2021

Homeopatia cotidiana n°8

 O que será que anda fazendo aquele velho babaca? - Por um minuto a imagem de Rubens lhe surgiu à mente. Como chegou ao ponto de lhe adjetivar assim? Era tão apaixonada por ele quando novinha... Achava lindo tudo o que ele escrevia e dizia... Lembrou dos cafés que tomavam juntos, clandestinos. Ele sempre lhe trazia um chocolate. Branco. Recordou o dia em que levou, sem que ele notasse,  uma folha batida à máquina. Que triste e linda poesia era aquela! Era sobre o criador de gatos, era sobre ele! Não resistiu e a enviou ao colega que cuidava da redação de um programa, desses fora do radar, que passava na tv cultura. Uma pena e um crime terem suplantado alguns versos e mudado o final. Tantas lembranças... Tantos sentimentos... Quem sabe ligaria pra ele no dia seguinte... Ainda teria que avaliar se valeria a pena correr o risco de não ser atendida, ou pior: ser maltratada. Voltou a cuidar de suas flores. Orquídeas e peônias. Ah, as peônias...