segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

E agora, uma música! 2

Ela faz cinema
Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri
Eu não sei se ela agora
Está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama
Quando me encara e desata os cabelos
Não sei se ela está mesmo aqui
Quando se joga na minha cama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual
Quando ela mente
Não sei se ela deveras sente
O que mente para mim
Serei eu meramente
Mais um personagem efêmero
Da sua trama
Quando vestida de preto
Dá-me um beijo seco
Prevejo meu fim
E a cada vez que o perdão
Me clama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é demais
Talvez nem me queira bem
Porém faz um bem que ninguém
Me faz
Eu não sei
Se ela sabe o que fez
Quando fez o meu peito
Cantar outra vez
Quando ela jura
Não sei por que Deus ela jura
Que tem coração
E quando o meu coração
Se inflama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é assim
Nunca será de ninguém
Porém eu não sei viver sem
E fim.

Homeopatia cotidiana n° 2

Com eles e em sua homenagem,
Selene entornou as duas últimas garrafas de vinho tinto que tinha em casa.
 Ele a tirou pra dançar. Selene foi. Embalada em seus braços, seguia os passos e o ritmo da música. 
Ela, a namorada, observava aquele baile de vapores  alcoólicos e imaginava Selene sob e sobre seu corpo.
Quando tudo parecia perfeito, Selene corre ao banheiro pra vomitar.
 Novamente esqueceu do que o vinho é capaz em seu organismo.
Depois de lançar fora o que a intoxicava, toma sua pílula para dormir e fecha os olhos imaginando o que estaria acontecendo no quarto ao lado.