Realmente, detesto perder coisas. E agora estava a procurar um pequeno conto, uma pequena mensagem vinda em uma garrafa para, depois de séculos (bruxas vivem muito), poder responder. Responder, não. Dar minha opinião sobre aquele dia,longínquo, aquela esquina onde nos encontramos por pura sacanagem ou agrado do senhor destino. Ia dizer como me senti, tudo que pensei depois, como minha vida seguiu. Mas, infelizmente não acho. Deve ter sido essa minha fase vermelha de domingo que me deixou assim, o Sol, aquele safado, acabou queimando alguns neurônios meus. Acabou me deixando com um pequeno alzheimer, filhote, apenas filhote do alemão. Somente lembro de gatos, sonhos... Preciso achar a mensagem da garrafa. Ela é importante. E esses gatos andando por entre minhas pernas quase me derrubam. Disse aos meus netos e bisnetos que daria fim neles, o que me foi totalmente proibido. Já são mais de mil. E como sonham!