sexta-feira, 22 de julho de 2016

Ela, sozinha, a beber a cerveja que esperava beber com ele. Mas ele já não era ele. Era outro. Era o que o tempo fez dele. Mas ela, sonhadora, nutria esperanças. Não percebera as traças a corroer-lhe a corda do tempo, o fio da vida. Envelhecera. Mas sua alma não. Era alma de moleca. Moleca sonhadora. Não percebera a risada de escárnio e desdém daquele que, um dia, de tão querido, disse que amou. A sua molequice a protegeu do choro. Foi embora e dormiu o sono dos inocentes e puros de coração. Acordou e nem lembrou do bolo que levou. Foi fazer suas molecagens e ser feliz.