Eu já nem sei se agora as coisas fazem mais sentido Ou se sentido algum fizeram ou se (des)fizerem-se em sentir Algum fio da túnica ou do manto à mão cerzido em constelações da madrugada Algum dia, algum mês no relógio pessoal de Cronos Sabe-se lá em horário de verão Ou quiçá em alguma flecha perdida de Moros Pra levar a um lugar onde o tempo não se dissolve Mas sei que te vi cruzar a linha da rua E não importa saber se de partida ou de chegada Tanto faz Emergir do horizonte à calçada que fiz de meu tão incerto endereço Triste andarilho notívago Descalço maltrapilho apátrida Sempre solitário Pedinte de carinhos Coletor de rotos desejos Colecionador de sonhos desfeitos Eu te vi, Selene A face alumiada e brilhante Que aos homens tanto cega quanto energiza (e é tão bonita!) E não o lume oftálmico Das tuas “lunas” particulares A girar em torno dos teus prazeres Dos teus pesares Pequenos e grandiosos satélites de si mesmos Dos teus lunáticos e misteriosos pensamentos Confesso que sem saber por que eu tive medo de me magoar Estremeci por dentro Pra só então avistar a tua face oculta O lado escuro e mais sombrio E eu, anárquico sujeito intérmino Estendi meus braços o máximo que pude Quis te tocar Quis te atingir Pois enfim compreendi Que se temi foi por me apaixonar Por a sangue frio me dividir Quando foi por meu sangue quente que me fizeste multiplicar O elemento J
A Jota por aqui? Uma combinação irresistível. E letal.
ResponderExcluirSe bem conheço a Jota, ela está te cantando. Fico excitado só de imaginar um eclipse de vocês duas.
ResponderExcluirEu também.
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