quarta-feira, 21 de outubro de 2015

"Quem somos? De onde viemos?"

Depois de dias reconstruindo sua ilha, distraída com seu novo aqueduto, romana que era, represando peixinhos coloridos em seu poço-aquário (vegetariana, não os comia), mas gostava de vê-los com sua pequena lupa, encontrada dentro de uma das maiores frutas pão que já comera na ilha.Olhava seu lento balé aquático e esquecia que estava só. Até esquecera da garrafa que a tinha deixado louca de tanto a procurar. Com a ilha refeita, Yrina volta ao seu cotidiano de cartas vãs e vagabundas, que de tanto serem manuseadas perdem seu naipe e sua cor. O único que andava sumido era seu coringa, aquele safado. E ela queria tanto uma gotinha da bebida púrpura... Ao menos para sonhar, sonhar que andava pela rua, rua de uma cidade qualquer e sem mais nem porquê encontra aquele que lhe era tão caro e especial, aquele que lhe fazia cafés fortes e saborosos. Ah... tanto tempo sem um café. Em seu devaneio, adormece. Sonha. Reencontra-o. O Coringa desaparecido. Estava no tronco mais alto de sua mais alta árvore. Lhe dá de beber (não é café, mas ainda assim a satisfaz) e diz que sua garrafa já havia sido lançada ao mar. Apenas faltava alguém para encontrá-la.

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