terça-feira, 17 de novembro de 2015

A velocidade em que nos tornamos amargos

Quem imaginaria tudo isso? Quem imaginaria esse futuro que virou presente tão rápido? Éramos felizes desocupados, ocupados em sonhar o porvir. Agora nem mais dormimos, drogas nos hipnotizam e fechamos os olhos até o outro dia. Um sono artificial. É isso que temos. E se alguém nos houvesse contado, nos alertado para o mau agouro iminente? Prestaríamos mais atenção? Deixaríamos tudo isso acontecer? Seria possível tudo isso não ser realidade? Aliás, qual é a realidade? Vivemos e morremos pelo quê? Limpamos e sujamos diariamente. Diariamente comemos e tudo vira merda em menos de 24 horas. Compramos e nos desfazemos das coisas num ciclo sem fim. Tudo é tão veloz e sem sentido... Deveríamos contar aos que vêm? Ou deixamos que se ferrem também? De que valeria? Dariam-nos crédito? Ou seríamos classificados como velhos tolos e amargos? Aliás, somos velhos tolos e amargos?

2 comentários:

  1. Esses moços, pobres moços
    Ah! Se soubessem o que eu sei
    Não amavam, não passavam
    Aquilo que já passei
    Por meu olhos, por meus sonhos
    Por meu sangue, tudo enfim
    É que peço
    A esses moços
    Que acreditem em mim

    Se eles julgam que há um lindo futuro
    Só o amor nesta vida conduz
    Saibam que deixam o céu por ser escuro
    E vão ao inferno à procura de luz
    Eu também tive nos meus belos dias
    Essa mania e muito me custou
    Pois só as mágoas que trago hoje em dia
    E estas rugas o amor me deixou

    Esses moços, pobres moços
    Ah! Se soubessem o que eu sei
    Não amavam, não passavam
    Aquilo que já passei
    Por meu olhos, por meus sonhos
    Por meu sangue ,tudo enfim
    É que peço
    A esses moços
    Que acreditem em mim

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  2. Grande, velho e um pouquinho amargo ( como não deixa de ser os velhos) Lupicínio Rodrigues!

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